Para lidar da melhor maneira com as dívidas, financiamentos e investimentos, é fundamental compreender as formas de pagamento e as vantagens que podem tornar as parcelas mais suaves e seu planejamento financeiro mais assertivo. Uma das maneiras de fazer isso é através da amortização.
Esse processo, muito adotado por diversas plataformas de crédito e instituições financeiras, busca favorecer tanto quem investe quanto a parte devedora. Por isso, compreender as diferenças entre os tipos de amortização e quais benefícios essa alternativa de pagamentos pode trazer, é fundamental, principalmente para quem está pensando em fazer um empréstimo de algum tipo, seja crédito, financiamento, ou qualquer outro tipo de dívida.
Neste artigo vamos desvendar a amortização, seus diferentes modelos, e descobrir quando é o momento ideal para optar por essa modalidade.
- O que é Amortização?
- Como a Amortização funciona?
- Quando optar pela Amortização?
- Os tipos de Amortização;
- O que é Amortização?
A amortização é uma forma de “reduzir” a quantia de uma dívida de empréstimos, financiamentos e outros modelos de crédito através do adiantamento de parcelas, ou descontos pelo pagamento de juros. Ou seja, é uma forma de “amortecer” o peso das dívidas.
Por exemplo: Quando realizamos um empréstimo com os juros e taxas já inclusos em cada parcela, o valor dessas parcelas passa a ser diminuído conforme elas são pagas de maneira adiantada.
Esse processo tem a intenção de encurtar o tempo do empréstimo, ou, em outras palavras, encurtar o tempo que a dívida demoraria para ser quitada. Isso é vantajoso para o devedor, que fica menos tempo pagando, e também para o investidor, que emprestou o dinheiro, já que ele recebe mais rápido. Essa forma de pagamento “reduzido” ou adiantado, é que se chama amorização.
- Como a amortização funciona?
Para que seja possível amortizar uma dívida, é necessário, antes de mais nada, ter planejamento financeiro. Isso porque, não adianta nada começar a pagar parcelas adiantadas, visando diminuir os juros, e se enrolar com as próximas parcelas que deveriam ser pagas.
A amortização funciona levando em conta o tempo que você levaria para pagar originalmente, o valor e a quantidade de prestações, o saldo devedor e os juros. Nesse sistema, a cada prestação paga, o valor do saldo devedor total é diminuído, através do desconto dos juros sobre o valor principal.
3. Quando optar pela Amortização?
Para adotar essa forma de pagamento, é fundamental realizar cálculos, prevendo as parcelas e a redução, pois a depender do valor dos juros e do tamanho da dívida, nem sempre essa diminuição é muito grande.
Ainda assim, a amortização é muito utilizada por quem não quer ficar no vermelho e pretende pagar suas dívidas de forma mais rápida. No entanto, quem opta por essa alternativa, deve se certificar de possuir capital para pagar juros de forma mais antecipada e parcelas imediatas, tornando-as mais suaves para o futuro e evitando o acúmulo de dívidas.
Quem opta pela amortização, geralmente, já planejou muito bem os seus pagamentos, o que é o ideal a se fazer ao lidar com créditos e financiamentos. Ela é uma alternativa para quando as coisas ainda estão “tranquilas”, diferente da renegociação de dívidas, que acontece quando o acúmulo de pendências se torna grande e é preciso realizar um empréstimo para quitar de uma vez só, passando a pagar apenas uma grande dívida, ao invés de várias menores.
Se você quer saber tudo sobre uma forma tranquila de renegociar através do crédito imobiliário, confira nosso artigo:
Usando o refinanciamento de imóvel para renegociar suas dívidas.
Mas a amortização também pode ser usada após a renegociação. Se o valor do seu empréstimo te permitir pagar as demais dívidas, e sobrar, você pode usar esse dinheiro para amortizar o valor do seu crédito e adiantar um pagamento que só seria feito em algum tempo. Assim, a amortização funciona como um “bom comportamento”. Já que você pagou mais cedo, seus juros são reduzidos.
Ainda assim, existem diversas formas de se calcular e adotar isso.
4. Os tipos de Amortização:
Embora haja um cálculo simples que pode resumir a maioria dos casos de amortização (pagamento = amortização + juros) existem algumas diferenciações que são usadas especificamente em alguns casos, mais comuns em empresas ou créditos para pessoas físicas.
Os diferentes tipos de amortização variam em vantagens para investidores ou devedores, e também em formato de cálculo. Conhecê-los é importante para descobrir exatamente qual pode ser mais vantajoso para você, ou qual se aplica ao que você precisa. São eles:
- Sistema de Amortização Constante (SAC)
É o mais comum deles atualmente, e também é chamado de sistema “juros sobre juros”. Neste formato, o que muda nas parcelas é o valor dos juros aplicados.
O sistema é montado em uma Tabela SAC, o que significa que a amortização é constante, enquanto o período de pagamento durar, mas o valor dos juros vai ficando mais barato.
Por exemplo, se você tem uma dívida com o total dos juros em R$300, e as parcelas fixas em R$1000 reais, o que muda todo mês é a incidência dos juros.
Desta forma, no primeiro mês você poderia pagar R$1150, no segundo R$1100 e na última parcela R$1050, até o fim dos juros. Com isso, os valores das parcelas vão diminuindo, amortizando a dívida.
- Sistema Price (Sistema Francês)
No sistema PRICE, também chamado de Sistema Francês, o valor dos pagamentos é decidido na contratação do crédito, e não mudam. Assim, os valores dos juros e parcelamentos serão os mesmos até o fim da dívida.
Para saber mais sobre esses dois sistemas muito comuns, você pode conferir nosso artigo:
Tabela SAC x PRICE – Entenda as Diferenças;
- Sistema de Amortização Misto (SAM)
Neste formato, tanto o Sistema Price quanto o SAC são utilizados, e as parcelas consistem na média aritmética que resulta dos dois sistemas. Assim, ela não é fixa como a Price, nem muda tanto quanto a SAC.
Como equilibra características dos dois sistemas, a SAM conta com planejamento detalhado do devedor, para evitar surpresas ao longo das parcelas, que podem aumentar mensalmente, já que seu objetivo é diminuir o valor total dos juros.
- Sistema Alemão
Apesar de pouco usado, o Sistema Alemão é mais comum em empréstimos de longo prazo. Seu objetivo é tornar as parcelas decrescentes ao longo do tempo, com pagamentos de juros antecipados e prestações fixas, ou seja, que se mantêm as mesmas.
A primeira parcela, considera os juros cobrados no momento do empréstimo. Esses juros vão diminuindo conforme vão sendo pagos. É isso que altera o valor, tornando as parcelas menores.
- Sistema Americano de Amortização (SAA)
No Sistema Americano, você recebe o empréstimo e, durante um período, apenas os juros pré-estabelecidos são pagos em parcelas. Ao final do prazo, o valor total do empréstimo é pago.
Esse formato favorece empresas, organizações e investimentos que buscam crédito para conseguir capital, e que reunirão o valor total da dívida ao longo do prazo. A principal vantagem é que os valores não mudam, nem o montante final, nem os juros, e o devedor sabe exatamente quanto vai precisar pagar.
- Sistema de Pagamento Variável
Neste formato, os pagamentos são feitos com parcelas que se adaptam às condições do devedor, de maneira periódica. O Sistema Variável é muito utilizado em dívidas de cartões de crédito convencionais, e suas condições, como prazo, tamanho das parcelas e juros variam exclusivamente de acordo com a instituição financeira.
- Sistema de Pagamento Único
Por fim, no Sistema Único, o pagamento é realizado de uma só vez, contando o valor do empréstimo e dos juros. Assim, o valor não aumenta, facilitando a sua previsão.
Para identificar qual sistema é mais condizente com o seu caso, é necessário, antes de mais nada, conhecer bem suas condições e o quanto ele impacta no seu bolso. Desta maneira, é possível realizar um planejamento mais assertivo.
Além disso, é preciso levar em consideração as condições de cada instituição financeira. Nem todas oferecem os seis formatos de amortização, e nem todas são vantajosas em todos os casos.
Por isso, o ideal é realizar o seu planejamento de modo detalhado. Invista em pesquisar cada formato, e procure o apoio e as simulações da sua instituição financeira.
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