O que é e como funciona o INPC?

Quando falamos sobre inflação e taxas, diversas siglas estão ligadas aos índices que impactam nosso dia a dia. Conhecer cada uma é fundamental para saber exatamente no que ficar de olho, se planejar e entender o melhor momento para investir e comprar. 

A gente já sabe que “aumentar” nunca é uma boa notícia quando se trata de índice de inflação e taxas, mas para você saber exatamente o que significa ver por aí que o INPC subiu, nós preparamos esse artigo. Vem ver!

  1. O que é o INPC e como ele funciona?
  2. Qual a diferença entre o INPC e o IPCA?
  3. Como é calculado o INPC?
  4. Como o INPC impacta no dia a dia?
  1. O que é o INPC e como ele funciona?

O INPC é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Ele foi criado em 1979, pelo IBGE, que também é responsável por medi-lo, e tem como objetivo servir de parâmetro para o acompanhamento da inflação no país.

Em comparação com outros índices, especialmente o IPCA, ele é considerado pouco amplo, uma vez que é baseado nos preços mais voltados para uma faixa de até cinco salários mínimos.

Assim sendo, o índice impacta diretamente mais da metade da população brasileira, servindo como ponto de ajuste para os preços que afetam o poder de compra dos assalariados.  

Isso porque o INPC é baseado nos preços regionais de produtos essenciais da alimentação como arroz, feijão, leite, frutas e também refeições feitas em restaurantes e lanchonetes. 

Outros preços de produtos e serviços considerados básicos para esse grupo de salários também servem de base para o índice, divididos em categorias como “habitação” e “transporte”. Sendo assim, o preço do gás e das passagens de ônibus, por exemplo, tem grande impacto para a média final do INPC.

  1. Qual a diferença entre o INPC e o IPCA?

Já falamos sobre o IPCA por aqui, explicando detalhadamente como ele impacta no bolso do brasileiro e por que ficar de olho nele é tão importante:

O que é IPCA e como a inflação impacta a vida do brasileiro?

Mas embora tenham objetivos iguais – ajudar a medir a inflação e controlar o aumento dos preços no Brasil – eles possuem uma diferença básica que muda a forma como cada índice impacta o mercado financeiro do país. 

Enquanto o INPC mede os preços de produtos básicos para um grupo com até cinco salários mínimos, o IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, como o próprio nome já diz, é mais abrangente. Ele alcança uma base de até quarenta salários mínimos, e além dos grupos básicos de preços, como alimentação, mede também categorias que não são consideradas de “primeira necessidade”, como lazer, estética e outros grupos de vestimenta e educação. 

Por isso, ele reflete mais em preços mais gerais, que não são tão importantes para grupos com faixas de salários mais baixos. Na categoria transporte, por exemplo, o IPCA vai se atentar mais ao preço da gasolina do que ao da passagem de ônibus. 

Uma boa forma de exemplificar isso, é esclarecer que o INPC está bastante relacionado ao preço da cesta básica: Enquanto o aumento de R$ 150 para R$ 200 reais seria pouco sentido por classes com faixa salarial mais alta, para os grupos de até cinco salários mínimos, esse preço faz muita diferença. 

Por isso, é necessário que existam os dois índices, para garantir o poder de compra da maior parte possível da população. 

  1. Como é calculado o INPC?

O INPC é revisto e reformulado em média a cada 30 dias, a depender do mês. Ele é medido constantemente para acompanhar qualquer mudança no mercado e manter a inflação balanceada. 

Como já dissemos, os preços do índice são voltados para produtos e serviços mais básicos, de primeira necessidade, e tem como foco os preços estabelecidos para famílias de até cinco salários. As principais categorias pesquisadas para estabelecer essa média são:

  • Alimentação;
  • Saúde;
  • Educação
  • Vestuário;
  • Transporte;
  • Cuidados pessoais;
  • Comunicação;
  • Habitação.

Outro fator que determina o cálculo do índice é a região. Cada uma terá um resultado final e preços determinados com base em diversos fatores socioeconômicos. Atualmente, as regiões metropolitanas que servem como base para a medição do INPC são:

  • São Paulo;
  • Belo Horizonte;
  • Goiânia;
  • Salvador;
  • Recife;
  • Aracaju;
  • São Luís;
  • Fortaleza;
  • Rio Branco;
  • Belém;
  • Campo Grande;
  • Vitória;
  • Curitiba;
  • Distrito Federal
  • Rio de Janeiro;
  • Porto Alegre.

Os dados são coletados em estabelecimentos comerciais de varejo e prestação de serviços, tanto públicos quanto privados, e também são considerados preços na internet. Domicílios também são levados em conta, para estabelecer preços de aluguel e moradia.

  1. Como o INPC impacta no dia a dia?

Como parâmetro para a inflação, o INPC está relacionado ao aumento de taxas e juros, principalmente as que servem para controlar os preços. 

Uma das taxas mais ligadas aos índices de preços é a Selic. Para saber mais sobre ela, dê uma olhada no nosso artigo:

O que é a Taxa Selic e como ela impacta a economia e os financiamentos?

O principal impacto do INPC nas nossas vidas, no entanto, é nos reajustes de preços. Se o indicador estiver alto, a tendência é de que a inflação também suba, o que gera impacto na economia para investidores, empreendedores e para os consumidores em geral, afinal, todos utilizamos os produtos básicos do mercado. 

Quando a inflação está alta, o Banco Central toma medidas para interferir nos preços e taxas, através de planos que busquem controlar a inflação e manter a economia girando. Por isso, ficar de olho nos indicadores é fundamental, e buscar aprender o que eles significam nos ajuda a entender o melhor momento do mercado para tomar decisões e planejar. 
Para saber mais sobre índices, taxas e outras categorias fundamentais da economia, não perca nossos conteúdos no blog e nas redes sociais. A Keycash veio para descomplicar a sua vida financeira através de crédito consciente e mais dinamismo para entender o mercado econômico.

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