A taxa Selic impacta diretamente a economia do país. Sua alta ou baixa, refletem em juros e valores de investimentos, créditos e financiamentos.
Para entender melhor o cenário financeiro, ou se prevenir com base no histórico e tendências da taxa ao decorrer do ano, é importante conhecer bem suas raízes e o que ela significa, além de saber exatamente como ela afeta a economia.
Pensando nisso, preparamos um artigo para desmistificar o conceito dessa taxa, e te ajudar a entender melhor como ela, sem dúvidas, vai impactar os seus planos.
- O que é a taxa Selic?
- Como funciona a taxa Selic?
- De que modo a taxa Selic é calculada?
- Como a taxa Selic afeta a economia?
- O que é a taxa Selic?
A Taxa Selic é a taxa básica de juros do mercado financeiro brasileiro. Selic, é sigla para “Sistema Especial de Liquidação e Custódia”, que é um programa virtual onde os títulos do Tesouro Nacional são diariamente comprados e vendidos para instituições financeiras.
Esses títulos são oferecidos exclusivamente pelo Banco Central para instituições financeiras. Sendo assim, outras empresas e pessoas físicas não podem ter acesso.
A taxa Selic está ligada diretamente aos juros sobre os títulos oferecidos neste programa. Mas afinal, como a definição dessa taxa funciona?
2. Como funciona a taxa Selic?
Quem define o valor da taxa é o Copom, Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ele se reúne a cada quarenta e cinco dias para definir qual será o valor aplicado da taxa, se ela será reduzida ou aumentada.
Essa taxa é definida por causa das necessidades do governo em termos de investimentos e dívidas. Assim, explicando de maneira básica, além do fundo governamental gerado pelos impostos, os títulos do Tesouro Nacional oferecidos no programa virtual na forma de empréstimos também agregam ao financeiro do governo.
Para entender melhor esse conceito, basta estar familiarizado com os títulos do Tesouro Nacional: eles nada mais são do que certificados emitidos e vendidos pelo governo em forma de dívida, através do Sistema Especial de Liquidação e Custódia, o Selic.
Quando um título é comprado, o portador tem o direito de, em um período datado, receber esse valor de volta com o acréscimo de juros, o que é uma vantagem para os investidores.
Assim sendo, tudo funciona como um empréstimo: quando um título é vendido, o governo tem uma dívida com a instituição financeira que o adquiriu. O dinheiro dessa venda é usado como fundo para o próprio governo, que mais tarde, quita a dívida com a instituição.
Isso acontece porque, ao fim do dia, cada instituição financeira é obrigada a depositar em uma conta do Banco Central o valor dos depósitos acumulados no dia. Essa ação evita a inflação, e ajuda a controlar o dinheiro em circulação.
No entanto, como muitas transações são realizadas em um dia, pode ser que este valor a ser depositado seja maior ou menor do que o necessário. Assim sendo, as instituições financeiras realizam empréstimos entre si para pagar o requerido pelo Banco Central.
A garantia desses empréstimos? Os títulos do Tesouro Nacional adquiridos.
Tudo isso nos leva a dois formatos da taxa:
A Taxa Selic Over, são os juros aplicados pelas instituições financeiras durante essas transações de empréstimos, que possuem os títulos do Tesouro como garantia.
E a Taxa Selic Meta, é aquela citada no começo, que afeta a você e a todas as movimentações da economia brasileira, a taxa básica. Essa, que serve de parâmetro para a definição de outras taxas do mercado, tende a ser a menor taxa da economia.
Mas afinal, como ela é calculada?
3. De que modo a taxa Selic é calculada?
Como serve de parâmetro para outras taxas gerais do país, a Selic é calculada visando controlar a economia. Definida a cada quarenta e cinco dias, ela tem como objetivo fazer uma previsão do valor dos investimentos e domar a inflação.
Quando o Banco Central precisa:
Frear a economia, para evitar o super aumento da inflação, ele aumenta a Selic;
Impulsionar a economia, quando a inflação está abaixo da meta e o consumo estagnado, ele abaixa a Selic.
Assim sendo, é preciso realizar cálculos de previsão de alta e baixa no mercado financeiro, analisar tendências e a situação econômica atual do país. Tudo isso, claro, está ligado a fatores internos e externos, que acabam aumentando ou diminuindo o valor de moedas, atingindo diversos segmentos do mercado, como importação e exportação.
4. Como a taxa Selic afeta a economia?
Partindo de sua relevância para o mercado financeiro brasileiro, já é fácil notar que ela vai afetar diretamente o seu dinheiro, né? Pelo menos, quando se trata de investimentos e crédito, ou alternativas como refinanciamento e hipoteca.
Se a taxa Selic aumenta:
- Os preços baixam ou se estabilizam, buscando evitar a inflação;
- Os juros aumentam e as taxas crescem, assim como parcelamentos e cheque especial.
Se a taxa Selic diminui:
- A inflação tende a subir;
- As instituições financeiras baixam as taxas de juros, e as oportunidades de crédito aumentam.
Tudo isso pode refletir em diversas modalidades financeiras, como caderneta de poupança, títulos do Tesouro, investimentos de renda fixa, financiamentos e, claro, as demais taxas do mercado.
Por tudo isso, é fundamental ficar de olho na taxa divulgada a cada quarenta e cinco dias pelo Banco Central. Assim, além de saber a situação financeira do país, você vai saber a melhor hora de investir.
Se você quiser entender melhor as taxas de refinanciamento e empréstimos, é só dar uma olhada no nosso texto sobre o tema!
E para desvendar mais conceitos do mundo financeiro, fique sempre de olho na Keycash, uma plataforma de crédito que veio para descomplicar o mundo da economia. Siga nossas redes sociais e não perca as novidades!