No mundo dos investimentos, ficar atento às novas oportunidades e diversidade de alternativas pode render mais lucro, e ainda te ajudar a encontrar a oportunidade que realmente faz sentido para o seu bolso. Diversas modalidades têm ganhado destaque no mercado, principalmente quando o investidor busca mais flexibilidade e segurança.
Uma dessas modalidades é o COE, modelo de investimento que chegou ao Brasil em 2014, e que tem feito sucesso entre investidores. E como o perfil de quem investe vem mudando, nunca é demais conhecer novas oportunidades, não é mesmo?
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Neste artigo, vamos falar sobre o COE, e te explicar como funciona e seus principais detalhes.
- O que é COE?
- Como funciona o COE?
- Vantagens, impostos e riscos do COE;
- Modalidades do COE;
- O que é COE?
- O COE, sigla para Certificado de Operações Estruturadas, é um investimento que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado, apesar de relativamente novo. Ele permite diversificar a sua cartela de investimentos e aumentar as oportunidades de aplicações. Isso porque, o COE abre portas para investir tanto em empresas nacionais quanto internacionais, e além disso combina diferentes tipos de modalidades.
Suas aplicações vão desde modelos de renda fixa e variável até derivativos. Para entender melhor o que isso significa, vamos explicar cada formato:
Os investimentos de renda fixa são aqueles em que o investidor empresta dinheiro para uma instituição financeira, e até mesmo para o governo, visando receber lucro sobre isso, seja em formato de juros, ou índice de remuneração aplicado.
Em nossos conteúdos, temos alguns artigos sobre investimentos de renda fixa:
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Os investimentos de renda variável são aqueles em que não é possível saber, no momento do investimento, qual será o valor do retorno. Um bom exemplo disso são os investimentos na Bolsa de Valores e os FIIs.
Já os investimentos derivativos são espécies de contratos que derivam de outros produtos financeiros e permitem a compra ou venda de uma ação, moeda ou commodity no futuro, ou seja, em um prazo e por um preço pré-estabelecidos.
Sabendo disso, fica mais fácil entender a essência do COE, e como ele pode ser usado.
- Como funciona o COE?
O COE funciona com base em possibilidades. Quando a instituição financeira emite um Certificado, escolhe entre uma operação com ativos de renda fixa, derivativa ou variável, e apresenta a opção escolhida a seus clientes.
Em seguida, o banco cria cenários de desempenho, uma “previsão de renda”, onde esse Certificado vai ter mais ou menos rentabilidade com base em algum tipo de cotação, seja um índice da economia, variação cambial de moedas, e até mesmo altas e quedas de ações de empresas estrangeiras.
Sendo assim, é possível fazer uma previsão dos ganhos, com base nos índices anteriores das cotações, mas elas também podem variar, caso uma moeda suba ou caia, por exemplo.
Com o rendimento garantido, ou seja, a primeira “previsão” – que é baseada em renda fixa – o banco cria opções, que são os contratos derivativos, que dão direito a comprar ou vender esses títulos, por um valor determinado em certo prazo.
Isso significa que se essas ações baseadas em contratos derivativos subirem, o rendimento será maior, mas se não subirem, ou se caírem, há aquela primeira previsão de renda fixa como garantia para o investidor. Assim, como não se pode prever qual caminho será o verdadeiro, esse investimento acaba se tornando variável.
- Vantagens, impostos e riscos do COE:
Por conta dessa opção onde existe a garantia, seguindo o modelo de renda fixa, o COE muitas vezes é um investimento bastante seguro. E por conta das opções dos contratos derivativos, além das diversas alternativas para se investir – empresas estrangeiras, moedas, commodities – ele pode se mostrar muito lucrativo, desde que haja estudo e planejamento sobre o investimento.
Além disso, o COE permite muito mais flexibilidade ao seu público, que pode, sozinho, criar uma carteira de investimentos mais diversificada, com ações que realmente importam, e que reflitam no seu bolso.
No entanto, o “fator surpresa” do COE, ainda que existam casos em que um investidor pode ter seu retorno mesmo com a queda da ação, o torna um investimento de maior risco, não recomendado para quem está começando a investir, ou que não conta com um fundo de emergência.
Ainda assim, por possuir oportunidades com valores mínimos razoáveis, e através de sua “margem de segurança”, ele tem se tornado um dos investimentos que ganha mais espaço no mercado.
Mas apesar de todas essas vantagens, ele não está livre de impostos e tarifas. Assim como em outros investimentos, quem investe no COE precisa pagar imposto de renda. A tarifa é descontada com base no prazo de investimento. Quanto mais tempo o dinheiro passar investido, menor é a cobrança. O valor máximo é de 15% sobre o investimento.
Assim sendo, o esquema de cobrança do Imposto de Renda do COE acontece da seguinte forma:
- Para aplicações com prazo de 0 a 180 o IR cobrado é de 22,5%;
- Para aplicações de 181 a 360 dias o IR é de 20%;
- Em aplicações de 361 a 720 dias o IR é de 17,5%;
- E para aplicações acima de 721 dias o IR é de 15%.
Além disso, é bom lembrar que é importante avaliar os riscos com base na instituição financeira onde se está investindo. É ela que emite o certificado e garante a segurança do seu capital, por isso, avalie as garantias.
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- Modalidades de Rentabilidade do COE:
Como já dito, os COE possuem “elementos surpresa”, ou seja, não é possível saber com exatidão de quanto será o seu lucro. Tudo depende do tipo de ação investido, valores, prazos e outros fatores.
Além disso, atualmente, existem duas modalidades de rentabilidade do COE, através das quais é possível avaliar se o investimento é adequado ao seu perfil, capital e abertura para riscos.
Os dois modelos de rentabilidade do COE são:
COE de valor nominal protegido: Nesta modalidade, o investimento conta com uma garantia, o valor mínimo do capital investido, que é repassado ao investidor mesmo que a ação quebre e não haja rentabilidade;
COE de valor nominal em risco: Já neste formato, o investidor não conta com nenhum tipo de garantia, ou seja, é possível perder até mesmo o valor inicial investido, caso o investimento seja negativo.
Por isso, antes de investir, é fundamental avaliar a sua capacidade de correr riscos, e principalmente possuir um fundo de emergência financeira. Outra boa dica, é conversar com outros investidores e avaliar o papel das instituições quanto a seus investimentos.
Investir sempre é um risco, mas com pesquisa e apoio de bancos e plataformas conscientes, preocupados com o seu financeiro, é possível fazer isso com segurança. Não deixe de conferir os outros conteúdos da Keycash no blog e redes sociais para saber sempre mais!