CDI – Entenda o que é e como funciona o rendimento

Entre as muitas siglas que compõem o mundo financeiro, o CDI é uma das mais usadas. Saber exatamente o que ela significa ajuda não só a ficar por dentro dos assuntos da economia, mas também a decidir qual é o melhor lugar para aplicar seu dinheiro e conquistar mais rendimentos. 

Nos nossos conteúdos, uma série de artigos revela os principais termos da economia do país e tudo o que você precisa saber sobre eles. Já desvendamos a Selic, os investimentos de renda fixa e algumas das relações entre as principais taxas do mercado. 

Se você quiser conferir esses temas para ficar ainda mais por dentro do assunto desse texto, é só dar uma olhada:

O que é a Taxa Selic e como ela impacta a economia e os financiamentos?

CDBs e RDBs – O que são e qual a diferença?

Mas se você quer ir direto ao ponto e descobrir de vez o que é CDI, e o que significa aquele “rendendo 100% do CDI” na sua conta, acompanhe esse artigo!

  1. O que é CDI?
  2. Como o CDI funciona?
  3. Como o CDI afeta seus rendimentos e investimentos?
  4. O CDI e a Selic.
  1. O que é CDI?

A sigla CDI corresponde a Certificado de Depósito Interbancário, uma modalidade de empréstimo realizada exclusivamente entre um banco e outro, visando manter o saldo positivo. 

Esse empréstimo se faz necessário por conta de uma regra do Banco Central, que determina que todos os bancos devem, ao fim do dia, fechar a conta com mais dinheiro entrando do que saindo. No entanto, isso nem sempre é possível, tendo em vista que o número de saques e empréstimos em um dia pode ultrapassar o de depósitos e recebimentos. Por isso, para cumprir a regra, os bancos fazem empréstimos entre si e pagam a diferença. 

Os certificados destes empréstimos é que formam o CDI. E como todo empréstimo possui juros, com ele não é diferente. São esses juros que formam a taxa do CDI. 

  1. Como o CDI funciona?

Como o empréstimo entre os bancos acontece e é pago de forma muito rápida, os juros de rendimento que formam a taxa acabam fluindo de maneira diária. Isso significa que todos os dias os juros do CDI geram uma pequena porcentagem. 

Quem calcula a taxa do CDI diariamente é a B3, a bolsa de valores brasileira. Os cálculos são feitos com base nas operações realizadas no dia, ou seja, quanto os empréstimos geram de taxas. Por isso, o CDI é considerado um tipo de juros do mercado. Quem paga esses juros, claro, são os bancos que realizaram os empréstimos.  

A partir das taxas diárias, é calculada uma média mensal do CDI e, em seguida, com base nelas, uma média anual. Em 2020, por exemplo, o CDI acumulado fechou em 2,75%. Como é uma taxa que muda muito rapidamente, diariamente e depois mensalmente, é possível fazer apenas previsões sobre sua média anual. 

É importante acompanhar as variações do CDI, e ficar por dentro das projeções, porque é essa média anual que é utilizada como base para os rendimentos de investimentos, o que afeta diretamente o seu dinheiro. 

  1. Como o CDI afeta seus rendimentos e investimentos?

Pessoas físicas não podem investir diretamente no CDI. Essa é uma modalidade de empréstimos exclusivamente destinada a instituições financeiras, diferente do CDB, que funciona como um investimento onde você empresta para o banco. 

Se quiser saber mais sobre ele, é só dar uma olhada no nosso artigo:

CDBs de liquidez diária – Saiba como investir com segurança!

Já o CDI impacta os seus investimentos apenas ao servir como modelo. Uma vez que a média é definida pelo B3, muitos bancos utilizam esse valor como base para definir alguns rendimentos. Por isso, é comum ver que tal poupança rende X% do valor do CDI.

Esses rendimentos podem ser de 100%, mais, ou menos da média definida, e também podem render anualmente, mensalmente ou diariamente. Nesse último, por exemplo, o seu dinheiro em conta rende todos os dias com base na média diária da taxa de juros do CDI. 

Por isso, é importante acompanhar essas definições, e descobrir qual banco oferece a melhor vantagem de rendimentos. Em 2019, por exemplo, o CDI rendeu 5,9% ao ano, o que significa que uma pessoa com dinheiro aplicado em um banco que usa a média do CDI como base para rendimentos em 100%, recebeu esse mesmo valor sobre os seus investimentos. 

Essa não é uma regra e nem todas as instituições financeiras utilizam tal estratégia, mas ela pode ser uma alternativa fácil e confortável para quem quer deixar o dinheiro rendendo em conta, sem precisar se preocupar com outros investimentos. 

O CDB também pode ter o CDI como base. Por isso, se você encontrar por aí um investimento em que o CDB rende 100% do CDI, basta ver qual é a média atual do CDI para descobrir quanto o seu investimento em CDB vai render. 

Além de influenciar os rendimentos e investimentos, o CDI também está diretamente ligado a outra taxa importante do mercado, a Selic. 

  1. O CDI e a Selic:

A média do CDI e da Selic estão diretamente ligadas. Isso porque, as duas taxas precisam caminhar juntas. 

A Selic, uma das taxas mais famosas do mercado, que serve como base para diversas operações, é considerada uma modalidade de empréstimo onde as instituições financeiras e bancos emprestam dinheiro, também gerando uma taxa de juros, seguindo o mesmo modelo do CDI. A diferença, no entanto, é que na Selic o empréstimo dos bancos vai para o governo. 

Se a Taxa Selic, ou seja, os juros desse empréstimo, forem mais altos que os do CDI, pode acabar se tornando mais vantajoso para bancos emprestarem dinheiro para o governo do que entre si. Isso prejudica os rendimentos e investimentos que possuem o Certificado de Depósito Interbancário como base. 

Por outro lado, se os juros do CDI estiverem muito altos, isso não é interessante nem para os bancos, que podem acabar precisando pagar, e não apenas emprestar, quanto para o governo, que perde com os empréstimos da Selic reduzidos. 

Por isso, o ideal é manter as duas taxas caminhando juntas, com médias muito próximas. Sendo assim, uma acaba servindo como base para outra. 

Quem quer investir ou fazer o dinheiro render mais, mesmo em conta, precisa compreender cada vez melhor as taxas base do mercado, os impostos sobre rendimentos e compras e outras letrinhas fundamentais da economia. 

Acompanhar altas e baixas, oscilações de taxas e outras novidades, também faz diferença para tomar as melhores decisões sobre quando, onde e quanto investir, e quais são realmente as melhores alternativas financeiras. 

Se você quer entender melhor esses ciclos, e ficar por dentro das últimas mudanças do mercado, confira nossos artigos:

Selic tem recorde de aumento em 18 anos – Entenda o porquê e como isso te afeta

Como a nova reforma tributária impacta os seus impostos

Ciclo econômico – como funciona e como realmente afeta seus investimentos e crédito

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