Empreendedorismo social – o que é e por que fazer parte?

Algumas pessoas, preocupadas com problemas sociais e ambientais, buscam criar soluções que gerem impacto positivo, mas de forma que ainda possam viver disso. É aí que entra o empreendedorismo social.

Vem saber por que esse formato de negócio tem ganhado força pelo mundo, e por que levar as suas ideias para melhorar o planeta e a vida das pessoas para nível profissional pode acabar sendo uma boa escolha. 

  1. O que é empreendedorismo social?
  2. Empreendedorismo social e projeto social;
  3. Pilares do empreendedorismo social;
  4. Empreendedorismo social como tendência;
  1. O que é empreendedorismo social?

Você já encontrou soluções por aí que, ainda que pagas, visam resolver um problema real do mundo? Essa é a base do empreendedorismo social: ideias inovadoras que buscam transformar a qualidade de vida do planeta e a realidade das pessoas.

Esse formato de empreendedorismo tem feito cada vez mais sucesso. Isso porque, com o avanço da tecnologia e novas facilidades para o dia a dia, também é necessário pensar no outro lado, em alternativas de negócios, serviços e utensílios mais inclusivos ou menos prejudiciais ao meio ambiente. 

O empreendedorismo social pode abranger desde algo mais simples, como o desenvolvimento de um produto sem embalagem plástica, que lute pela causa da poluição através de materiais sustentáveis e biodegradáveis, até soluções mais complexas, como um programa de alimentação por troca de pontos que ajude a reduzir o número de pessoas em situação de vulnerabilidade. 

No entanto, como discutir causas ainda pode ser uma barreira, muita gente vai se perguntar: se o objetivo é ajudar, estamos falando de uma ONG?

  1. Empreendedorismo social e projeto social:

Diferente dos projetos sem fins lucrativos, ou das ONGs, o empreendedorismo social vem da vontade de ajudar somada ao benefício de lucrar. Sendo assim, quem empreende nesse sistema não busca apenas desenvolver um projeto, mas fazer disso seu trabalho, sua forma de vida. E para isso, é necessário que haja rentabilidade.

Por outro lado, o economista Mohammad Yunus, pioneiro do empreendedorismo social e vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2006, defende que os empreendedores não devem ficar com os lucros desses negócios, mas recuperar apenas o capital investido, e utilizar a captação dos rendimentos como recurso para continuar desenvolvendo projetos que gerem impacto positivo.

Recentemente, no entanto, os professores da Universidade de Harvard, Stuart Hart e Michael Chu, desenvolveram outra linha de pensamento, contraposta à de Mohammad, que aborda a ideia de que os investidores devem sim lucrar com seus empreendimentos sociais, tendo em mente que, quanto mais lucrativo for um desses empreendimentos, mais investidores ele trará. E isso, vamos combinar, é bom para o planeta, não é?

Mesmo assim, a base do empreendedorismo social continua sendo a da vontade de gerar bons resultados antes de lucrar. 

  1. Pilares do empreendedorismo social;

De acordo com o Sebrae, o que configura um negócio como social são as características que fazem dele um gerador de impacto positivo. Para atender ao conceito, é necessário que o empreendedorismo corresponda a algum dos seguintes pilares:

  • Comprometimento do empreendedor e de sua equipe em melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda ao vender um produto ou serviço que contribui para isso;
  • O produto ou serviço principal é capaz de sustentar financeiramente a empresa, de forma que ela não dependa de doações ou captação de recursos para as suas operações;
  • Apresenta inovação no modelo de negócio;
  • Tem potencial de alcançar escala e opera de maneira eficiente.

O processo do empreendedorismo social pode considerar:

  • Trabalho em rede, fazendo parcerias de forma a fortalecer e ampliar o impacto da atuação do negócio;
  • Combate ao trabalho escravo, forçado ou infantil; 
  • Cuidado com a cadeia produtiva (seleção e avaliação dos fornecedores);
  • Gerenciamento do impacto ambiental; 
  • Articulação com as políticas públicas.

Os impactos positivos podem ser:

  • Incluir grupos de baixa renda na cadeia produtiva de valor.
  • Ofertar produtos e serviços de qualidade e com preços acessíveis.
  • Contribuir diretamente para aumentar o acesso dos grupos de baixa renda a oportunidades e atendimento de necessidades básicas em saneamento, alimentação, energia, saúde e habitação.
  • Ofertar produtos e serviços que melhoram a produtividade dos mais excluídos, contribuindo indiretamente para o aumento de suas rendas, por exemplo, com equipamentos de custo mais baixo, venda de tecnologias e acesso a crédito produtivo.
  1. Empreendedorismo social como tendência;

Atualmente, o conceito de empreendedorismo social tem ganhado força no mundo todo, se mostrando uma forte tendência de mercado, e atraindo um público cada vez mais engajado, que percebe as necessidades de mudança. 

Segundo um levantamento feito pelo Sebrae, até 2018 existiam cerca de 800 empreendimentos sociais no Brasil, e esse número só tem crescido. 

De acordo com um relatório feito pela plataforma global Fundação Schwab, o Brasil está entre os 10 países do mundo com mais empreendimentos sociais. Bom sinal para nós, não é?

Essa tendência de mercado pode ser uma boa alternativa para quem busca uma causa além de um negócio, e quer fazer a diferença. 

Quer conferir outros temas que podem ser úteis para o seu empreendimento? Dá uma olhada na nossa aba especial do blog:

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